Crítica Filme "Tuesday - O Último Abraço" por Rita Vaz

 

Estreia nesta quinta-feira o filme “Tuesday – O Último Abraço”, dirigido e roteirizado pela cineasta Daina Oniunas-Pusic.

Lindo, emocionante, sensível e brutal ao mesmo tempo, fora da curva, assim é “Tuesday – O Último Abraço”.

Quando sai da sala de cinema, logo após assistir ao filme, tive a sensação clara de que eu precisava muito ter visto esse longa. Fiquei pensando nele por vários dias, em todas as mensagens e leituras que poderia ter dele.

As mensagens, algumas são claras e óbvias, e outras precisam ser pensadas, com toda a bagagem que cada um carrega da vida.

Outro motivo pelo qual fiquei tão entusiasmada é que fazia tempo que o cinema não me proporcionava um presente como este, sem super heróis, sem piadas fora de contexto. Um filme sem olhares para o saldo da bilheteria.

“Tuesday – O Último Abraço” é um filme que fala sobre o luto. Assunto pesado, pouco falado, pouco discutido, mas, extremamente necessário de ser pautado.

Com certeza o longa vai tocar as pessoas de formas diferentes, mas, sempre vai tocar. Impossível alguém ficar indiferente a uma história tão bem pensada, roteiriza e produzida.

A partir do realismo fantástico, a diretora Daina Oniunas-Pusic consegue inserir a morte na história, como um personagem que se comunica, literalmente falando, com os outros personagens.

Ela vai interagir com uma mãe e uma filha, em uma difícil jornada.

Zora (Julia Louis-Dreyfus) é a mãe de Tuesday (Lola Pettricrew), uma adolescente que luta pela vida, e que se defronta com a morte.

No entanto, a morte não se apresenta de forma sombria e assustadora como se é imaginado e esperado, mas sim como um surpreendente pássaro falante, que tenta, de forma sensível, encontrar um modo de finalizar seu propósito.

As atrizes Julia Louis-Dreyfus e Lola Pettricrew estão perfeitas em seus papeis, entregando personagens que realmente mexem com os espectadores, com interpretações sensíveis e cheias de força.

“Tuesday- - O Último Abraço” é um primor de filme, tanto pela história, quanto pelo efeito cinema. Ele agrada e sensibiliza todas as plateias, com seu modo “fantástico” de nos dizer “coisas” que normalmente não queremos ouvir, nem ver.

E lembre-se, apesar desse mote triste, o filme é resiliente em todos os aspectos.

 Recomendo muito. 

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