É TUDO VERDADE PROMOVE, NA CINEMATECA BRASILEIRA, A 20ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO DOCUMENTÁRIO


A Conferência Internacional do Documentário celebra neste ano a marca de sua 20ª edição, 
dando continuidade à realização de painéis de discussão que abordam cinematografias, autores e obras do cinema documental, em diálogo com a programação do É Tudo Verdade. As inscrições para participar dos painéis deste ano deverão ser realizadas pelo link (www.cinemateca.org.br e www.etudoverdade.com.br ) a partir de 4 de abril.

Nesta efeméride, restabelece-se a parceria entre o É Tudo Verdade e a Cinemateca Brasileira para na realização da Conferência. A história do simpósio desenvolveu capítulos essenciais na instituição, sempre estimulando o intercâmbio de ideias e experiências entre participantes com vinculações diversas com o documentário. 


As trajetórias do argentino Andrés Di Tella e do brasileiro Joel Zito Araújo combinam obras não ficcionais marcantes e sólidas contribuições acadêmicas. Um círculo de certa forma se completa quando lembramos que a primeira participação de Di Tella na Conferência se intitulava “O Documentário e Eu” e seu retorno acontece para a apresentação de um original filme-performance chamado “Diários”. Vencedor da competição brasileira de longas-metragens do festival em 2001 com o seminal “A Negação do Brasil”, a volta também de Araújo é um convite à nova reflexão sobre os avanços e recuos na produção audiovisual afro-brasileira nestas duas décadas.


As homenagens do É Tudo Verdade 2023, ao cineasta brasileiro Humberto Mauro (1897–1983) e ao franco-suíço Jean-Luc Godard (1930–2022), são iluminadas por mesas com três dos maiores especialistas sobre as obras celebradas. Sheila Schvartzman e Eduardo Morettin abordam a produção documental do diretor mineiro, a partir da curadoria especial para o ciclo programado. Autor de três volumes sobre Godard, entre sua extensa bibliografia, o francês Michel Marie contextualiza a criação
da série “História(s) do Cinema” (1987–1998)”.

 

 

Dia 13 de abril
 

MESA 1 - 10h

História(s) do Cinema, de Jean-Luc Godard

Michel Marie


As Histórias(s) do Cinema são consideradas a obra-prima da última parte da carreira de Jean-Luc Godard, mas é também uma obra particularmente complexa cuja produção durou cerca de dez anos e cuja gênese remonta mesmo aos anos 1970. As formas e os conteúdos dos episódios foram constantemente retrabalhados pelo cineasta ao longo da criação da obra. São histórias múltiplas, complexas e muito subjetivas.


Michel Marie

Professor emérito da Universidade de Paris 3/Sorbonne Nouvelle, onde lecionou de 1972 a 2011. Suas áreas de especialização são a história do cinema francês, em particular o cinema mudo e La Nouvelle Vague. É autor de diversos livros sobre Jean-Luc Godard, entre eles A Nouvelle Vague e Godard.


MESA 2 - 14h30

A Negação do Brasil – 20 anos depois

Joel Zito Araujo (remoto)

Mediação: Mariana Queen Nwabasili


A emergência de um cinema negro brasileiro na última década traz novos olhares, novos protagonistas, novos conceitos e um lugar de fala cada vez mais demarcado no documentário brasileiro. Essa novidade é fonte de tensão e inibição, ou de renovação para os e as documentaristas como um todo?


Joel Zito Araujo

Diretor, roteirista, produtor, conhecido por tematizar o negro na sociedade brasileira, sua obra documental inclui, além de A Negação do Brasil, os documentários Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado (2009), Raça (2013) e Meu Amigo Fela (2019).


Mariana Queen Nwabasili

Jornalista e pesquisadora, doutoranda e mestra em Meios e Processos Audiovisuais pela USP, pesquisa autorias, representações e recepções cinematográficas vinculadas a raça, gênero, classe e (de)colonialidade nos cinemas nacional e internacional.



Dia 14 de abril


MESA 3 - 10h

Revisitando Humberto Mauro Documentarista

Sheila Schvarzman

Eduardo Morettin


Os mais de 300 filmes dirigidos por Humberto Mauro, do período varguista aos anos 1970 são pouco conhecidos. O seu resgate material e o estudo de sua obra iluminam aspectos significativos do fazer cinematográfico, da história e da cultura brasileiras.


Sheila Schvarzman

Professora da Pós-Graduação em Comunicação da Univ. Anhembi Morumbi.
Autora de Humberto Mauro e as Imagens do Brasil (2004), organizou com Fernão Ramos a Nova História do Cinema Brasileiro (2018).


Eduardo Morettin

Professor da USP e diretor do CINUSP "Paulo Emilio". É autor de "Humberto Mauro, Cinema, História" (SP, Alameda Editorial, 2013) e organizador, dentre outros trabalhos, de “A recepção crítica de Glauber Rocha no exterior (1960 – 2005)” (SP, ECA/USP, 2020).


MESA 4 - 14h30

Diarios - Uma série de Andrés Di Tella

Andrés Di Tella


O diretor argentino apresenta 9 filmes da série “Diários”, um projeto em andamento que compreende peças breves com durações que vão de um minuto a meia hora, que incorporam imagens feitas com celular, arquivo pessoal e material encontrado, e retratam incidentes da vida cotidiana, memórias, retratos de amigos, crônicas de viagem, leituras e canções.


Andrés Di Tella

Cineasta, escritor e curador. Dirigiu La televisión y yo, Fotografías, Hachazos, 327 cuadernos y Ficción privada, entre outras. Também publicou dois livros: Hachazos y Cuadernos.  É atualmente professor convidado na Universidade de Harvard.


Serviço

20ª Conferência Internacional do Documentário

Inscrições a partir de 4 de abril pelos sites www.cinemateca.org.br e

www.etudoverdade.com.br.


Vagas limitadas.


Dias 13 e 14 de abril de 2023

Das 10:00h às 16:30h

Ingressos gratuitos/ Sujeito à lotação da sala.

 

Para receber o certificado de participação será preciso comparecer a todas as atividades da Conferência.


Local: Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207

Não há estacionamento no local.

Estação de metrô mais próxima: Hospital São Paulo – Linha 5 – Lilás

Telefone: (11) 5906-8100

 

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