Crítica Filme "As Múmias e o Anel Perdido" por Rita Vaz


Estreia nesta quinta-feira, a ótima animação “As Múmias e o Anel Perdido”, sob a direção de Juan Jesus Garcia Galocha (As Aventuras de Tadeu 1 e 2, como diretor de arte).

Na história, acompanhamos as divertidas aventuras de três múmias egípcias que vivem numa cidade secreta subterrânea sob as pirâmides do antigo Egito – uma princesa, um piloto de corrida de bigas e o irmão mais novo dele, inseparável de seu bebê crocodilo de estimação.

Após uma série de infelizes acasos, o trio de múmias e seu pet embarcam numa hilária e agitada jornada na Londres atual à procura de um anel ancestral, de propriedade da Família Real das Múmias, roubado pelo ambicioso arqueólogo Lorde Carnaby.

“As Múmias e o Anel Perdido” é uma animação de alta qualidade em vários termos.

Primeiro, tem uma qualidade de imagem e som, impressionantes. Além do colorido na tela, os personagens são muito bem desenhados, trazendo o antigo e o novo nos seus traços, e lembre, que elas são múmias do Egito e que por um acontecimento inolvidável, acabam chegando no momento atual.

O texto atualíssimo é mais um ponto superpositivo para a produção. Qualquer pessoa, independentemente da idade, vai entender o que os personagens querem dizer, para os adultos no texto e subtexto e para as crianças, a alegria da história.

Mas, as crianças maiores vão entender muitos ensinamentos dos dias atuais que são tocados na história, como misoginia, preconceitos e discriminação com o diferente, traumas e voltas por cima, autocuidado, superação e amor.

Sim, na história dos dois adolescentes, que por obra do destino precisam se relacionar, uma doce história de amor nasce entre eles, e ela é feita de uma forma muito positiva para todos os gêneros.

Outra “sacada” muito boa dos roteiristas foi em colocar as múmias, nos dias de hoje, em uma apresentação da Ópera Aída. É um show à parte, pois, ela fala justamente da história de amor entre a princesa etíope, Aída, e o comandante do exército egípcio, Radamés, mostrando o conflito entre o amor e o dever.

Em relação ao vilão da história, ele se mantém no estereótipo padrão, além de contar com uma dupla de ajudantes que fazem muitas coisas erradas, mas, o seu relacionamento com a mãe, é muito engraçado, para você ter uma ideia, o toque do celular dele, quando a mãe liga, é aquele som, do filme “Psicose” do Hitchcock, quando a mocinha é assassinada na banheira. Muito bom mesmo.

“As Múmias e o Anel Perdido” é uma excelente animação, de ótima qualidade, tanto quanto cinema de imagem, quanto cinema social. Ela faz uma ótima intervenção, no melhor dos sentidos, nas vidas das pessoas. Super recomendo.

 

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