Conhecida
por seu trabalho como pecuarista e militância pelo bem-estar animal, Carmen
Perez visita produtores de cacau, café, leite, mel, pecuária além de sua rotina
como fazendeira. A idealização do projeto partiu de Carmen, do diretor Nando
Dias Gomes e da jornalista Flávia Tonin, que também são reesposáveis pelo filme
original, de 2021.
“Eu
acredito que esta série vem em um momento importante da nossa
historia como pais, num momento em que assumimos o nosso protagonismo no
mundo. Reconectar o campo e a cidade, através destas historias contadas na
serie, nos faz pensar em nossas raízes ancestrais. Nos faz pensar de onde
viemos e para onde vamos. Nos motiva a responsabilidade do que temos em nossas
mãos”, explica a pecuarista.
Em um
texto na Forbes Carmen explica a importância do bem-estar animal: “Começa pelo
social porque é transformador. Com as boas práticas de produção, o
ambiente se torna muito mais seguro para o trabalho. Existe uma conscientização
muito forte sobre a preocupação com o outro.”
E
esses não são os únicos ganhos, para a pecuarista, o bem-estar animal está em
sinergia com todos. “Pelo lado ambiental, há a preocupação com todo o
ecossistema, considerando sombras, qualidade da água, do ar e do próprio
capim. E o ganho na governança está na nossa responsabilidade com o
consumidor final. Ele quer consumir um alimento produzido com ética, o que
passa a ser um fator determinante para o seu fator de compra.”
No
contexto atual, o trio aponta a importância da série que toca em assuntos caros
ao Brasil e seu povo. “O Brasil é uma pais continental e o povo brasileiro é
riquíssimo em cultura e inovação. Mas não podemos nos esquecer de que também
somos um pais Agricola por vocação. Temos terras e clima favorável ao plantio o
ano inteiro. Diferente da Europa e EUA por exemplo. Hoje estamos no cento das
atenções mundiais quando o assunto é meio ambiente e a produção de alimentos”,
explicam.
O
filme original foi feito em um ano, durante a pandemia, pois era urgente que
uma mensagem positiva chegasse às pessoas naquele momento. A série, no entanto,
se diferencia ao trazer mais profundidade às questões abordadas, e expande o
campo de atuação para além de os bovinos de corte. “Prosseguimos com o olhar
voltado para nas pessoas, mas desta vez ampliando para outras culturas e formas
de se produzir o alimento da terra. A serie se diferencia do filme pelo seu
formato mais ágil, agora tratasse de 4 curtas-metragens, cada um em um universo
distinto dos outros”, conta o diretor.
Carmen
ressalta que a duração de 15 minutos de cada documentário também está em
sintonia à urgência e pressa do mundo contemporâneo, permitindo que mais
pessoas assistam aos minidocs. “Também abordamos outros aspectos da cadeia
produtiva e do campo, com diversidade de atividades, temas e pessoas” explica a
pecuarista e ativista pelo bem-estar animal, que, aqui, é uma intermediária
entre os entrevistados e o público.
Temas
como o bem-estar animal estão no centro da série, que foi filmada em lugares
como a Ilha do Combu (PA), e no Matogrosso. Carmen ressalta que é necessário
conscientizar as pessoas sobre os temas da natureza e da agropecuária nacional.
“É uma conscientização necessária para o mundo em que vivemos e essas práticas
impactam no lado social, ambiental influenciando todo ecossistema. Precisamos
mostrar como é praticado, como também disseminar internamente as boas
práticas.”
Carmen,
em seu trabalho, é conhecida como referência na questão do bem-estar animal, e
a série, assim como o filme, leva ao mundo o seu trabalho, além de construir
uma nova narrativa sobre o campo, tirando da frente os preconceitos, e
restabelecendo um imaginário saudável. “Poder fazer um filme, e projetar para
mundo estas historias através da arte, cria uma janela de conexão. Da
cidade com o campo. Para que as pessoas mergulharem neste universo e façam
parte desta construção”, alega Nando.
Premiado
com Menção Honrosa de Impacto Social no Latino And Native American Film
Festival (LANAFF) realizado em Connecticut (EUA), o longa já conta com mais de
300 mil visualizações no Youtube, e Carmen o define como “uma comunicação
genuína, verdadeira que não separa setores mais conecta pessoas de toda
sociedade através de uma comunicação empática. Foi isso que sentimos em todas
as manifestações.”
O
projeto deve continuar em 2023, com novas obras de audiovisual que impactam o
público de maneira positiva, e abrem novos horizontes sobre questões agrárias e
pecuárias no país. “Nós vivemos hoje em uma nova era. A humanidade cada vez
mais toma consciência do seu papel neste planeta e em como nos relacionamos com
os animais e a natureza”, afirma o diretor.
Para o
trio, a série QUANDO OUVI A VOZ DA TERRA chega ao streaming num momento
importante de nossa história. “É um momento em que assumimos o nosso protagonismo
no mundo. Reconectar o campo e a cidade, através destas historias contadas na
serie, nos faz pensar em nossas raízes ancestrais. Nos faz pensar de onde
viemos e para onde vamos. Nos motiva a responsabilidade do que temos em nossas
mãos.”
QUANDO
OUVI A VOZ DA TERRA
Onde:
https://www.youtube.com/channel/UC66yp7Vjezdb1VimbIXRuSg
Quando: A partir
de 26/10 às 20h, com um novo episódio a cada 2 semanas
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