Quinta-feira, dia 13, o longa-metragem mineiro Canção ao Longe, dirigido por Clarissa Campolina, e produzido pela Anavilhana, estreia no Festival do Rio, na capital carioca. Dentro da programação da Première Brasil, na mostra competitiva “Novos Rumos Longa-metragem", o filme será exibido às 20h45, no Estação Net Gávea, numa sessão para convidados. Sexta, dia 14, haverá outra sessão, aberta ao público, seguida de debate com a diretora e equipe, no Estação Net Rio, às 19h. O longa é distribuído pela Vitrine e tem estreia nas salas de cinema prevista para o próximo ano.
Canção ao Longe acompanha a busca de Jimena (Mônica Maria) por sua identidade e por seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa, que compartilha com a mãe e a avó, e onde sente-se deslocada. Ela também precisa romper com seu pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio de suas relações familiares. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.
O filme trata do rito de passagem para a vida adulta da jovem arquiteta Jimena, protagonizado pela atriz, artista visual e tatuadora Mônica Maria, em seu primeiro papel em longa-metragem. O projeto do filme começou no ano de 2012 e a chegada de Mônica foi transformadora no desenvolvimento das ideias iniciais e roteiro do filme, que é assinado por Clarissa Campolina, Caetano Gotardo e Sara Pinheiro. “Havia o desejo de trazer para o centro da narrativa, o retrato íntimo das relações familiares e sociais, a fim de revelar fissuras e colocar em xeque as estruturas em que nos moldamos. O encontro com a Mônica Maria modificou e enriqueceu as questões a serem trabalhadas no filme. Mônica é uma mulher preta e a questão racial passou a ser fundamental para a narrativa e todo o processo do filme, desde sua escrita, até a pesquisa, produção, ensaios com os atores e atrizes e a relação dos corpos com o espaço urbano”, conta Clarissa.
A narrativa foca na história de uma protagonista feminina, forte e firme, silenciosa e atenta, e o espectador é lançado para dentro das imagens e, talvez, devolvido com elas para dentro de si – numa câmera que acompanha de perto a protagonista. É um filme sobre a experimentação e a descoberta de si e, no limite, sobre a aposta de que esse movimento é o nosso lugar, íntimo e também coletivo. Produzido pela Anavilhana, o longa é a estreia na direção solo de Clarissa Campolina e traz no elenco Margô Assis, Matilde Biadi, Ricardo Campos, Jhon Narvaez, Enzo Daniel e Carlos Francisco – o Damiano de Bacurau, direção de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019) e Wellington de Marte um, direção de Gabriel Martins (2022).
Canção ao Longe cria um universo rico, diverso e único ao destacar a paisagem urbana da capital belorizontina junto a paisagem sonora do filme. Edificações antigas, viadutos, comércios do centro e novas construções se ambientam ao som de Juçara Marçal, Matéria Prima, Marina Cyrino, Patrícia Bizzoto e Nathália Fragoso, Kainná Tawá, Juliana Perdigão (interpretando “Alguém cantando, de Caetano Veloso) e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a batuta do maestro Sérgio Gomes (interpretando Schumman).
Sinopse
Canção ao Longe acompanha a busca de Jimena por sua identidade e por seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa que compartilha com a mãe e a avó e onde sente-se deslocada. Ela também precisa romper com seu pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio de suas relações familiares. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.
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