Crítica Filme “Era Uma Vez Um Gênio” por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o fantástico filme “Era Uma Vez um Gênio”, dirigido por George Miller (franquia “Mad Max”, “Happy Feet 1 e 2”, o incrível “As Bruxas de Eastwick” e muitos mais).

Sou fã do gênero fantasia, de histórias fantásticas, e esse filme está cheio delas.

E qual o conceito de fantástico no dicionário? Segundo ele, fantástico é “que ou aquilo que só existe na imaginação, na fantasia”.

Agora imagina o que o diretor George Miller fez com uma história que fala de histórias? Ele foi longe e fez um filme que encanta tanto pelas imagens quanto pelos diálogos, todos eles, impressionantes e obviamente, fantásticos..

“Era Uma Vez Um Gênio” é daquele tipo de filme em que você fica pensando nele durante muito tempo depois de assisti-lo.

Na história conhecemos a dra. Alithea (Tilda Swinton), uma estudiosa de narrativas que dá palestras sobre linguagem, mitologia e histórias. Ela chega em Istambul para mais um evento onde é a principal oradora, quando sem nunca imaginar, libera em seu quarto de hotel, um gênio da lâmpada.

Esse gênio (Idris Elba), como era de se esperar, estava há milhares de anos preso em uma garrafa, e ansioso por sua liberdade, logo oferece a ela três desejos.

Mas, ele está falando com uma especialista em narrativas que sabe, como poucos, as consequências de frases mal feitas, e isso apresenta dois problemas: primeiro, ela duvida que ele seja real, e segundo, por ser uma estudiosa de histórias e mitologia, ela conhece todas as histórias de advertência sobre desejos que deram errado.

O gênio então, defende seu caso contando histórias fantásticas de seu passado, o que conquista aos poucos Alithea, que o surpreenderá, com o seu desejo.

“Era Uma Vez Um Gênio” conta com uma dupla de peso em seu elenco. Tilda Swinton é por si, um aval de que o filme em questão será no mínimo, ótimo.

Ela traz excentricidade e leveza para a sua personagem Alithea, que apesar de todo seu conhecimento, e admiração que os outros tem por ela, é uma pessoa solitária.

Idris Elba está perfeito no papel do gênio, que apesar de todo seu poder mágico, tem emoções e reações prá lá de humanas, cedendo ao seu personagem uma instigante curiosidade.

A trama acontece quase toda no quarto de hotel, mas, são nas histórias que o gênio conta, que saímos de lá e viajamos através de milhares de anos, e é aí também, que o diretor pesa a mão (positivamente) e trabalha extremamente bem, nas imagens que impressionam pela qualidade imagética e pela qualidade dos efeitos especiais, levando o filme prá um nível altíssimo.

E os diálogos? Um verdadeiro debate sobre falar e ouvir. Sim, são muitos diálogos, mas, a história é também sobre parar e prestar atenção no outro, realmente.

“Era Uma Vez Um Gênio” é um filme para todas as plateias, e principalmente para quem gosta de histórias complexas, divertidas e apaixonantes. Super recomendo.

 

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