Documentário AUTODECLARADO discute colorismo, racismo, identidade racial e política pública de cotas no Brasil

 



 

"As cotas raciais são o instrumento mais importante e inclusivo de combate à desigualdade racial. Elas mudaram e continuam mudando as universidades e o serviço público e precisam continuar existindo por mais algumas décadas, para que possam reverter, efetivamente, os efeitos da desigualdade racial histórica", define Maurício Costa, diretor do documentário AUTODECLARADO, que investiga o mecanismo das costas raciais no Brasil. O longa lança seu trailer e cartaz oficiais, e em julho terá sessões públicas em Brasília (11/07) e São Paulo (12/07).

 

O trailer destaca a questão central do filme, como se dá o processo de seleção de cotistas, possíveis fraudes e as questões complexas envolvidas no tema. Por meio de trechos dos depoimentos do documentário, o trailer aguça a curiosidade do público, e já levanta algumas das problematizações que serão discutidas. O cartaz, por sua vez, destaca miniaturas remetendo aos variados tons de pele encontrados no Brasil, uma questão relevante ao debate do colorismo, tema central no filme.

 

Luan Myque Figueira da Silva, Luciene Guimarães de Faria, Cristina Sousa, Bárbara Kruczyski, Janedson Almeida e Glaucielle Dias estão ao centro do documentário, que  parte das suas histórias e experiências como sujeitos de comissões de verificação em diferentes regiões e instituições brasileiras, com resultados diversos.

 

Ao retratar as jornadas dessas pessoas, AUTODECLARADO discute os evidentes  preconceitos e colorismo racial no país - onde essa dita “democracia racial” é apenas uma ilusão.

 

"A divisão interessa mais a quem é contra as cotas raciais do que a quem as defende. Como afirmou um de nossos entrevistados, temos de discutir a inclusão, em vez de discutir a exclusão.  Além disso, meu entendimento da experiência racial, no Brasil, mudou, e espero que o filme faça o mesmo para o público", explica o diretor.

 

O projeto ainda conta com a participação de 25 entrevistados, incluindo lideranças históricas no movimento negro no Brasil, os criadores e redatores da regulamentação das comissões de verificação, reitores de universidades federais e privadas, acadêmicos, youtubers e influenciadores digitais negros, negras, pardos e pardas e, principalmente.  Entre eles, Frei Davi (EDUCAFRO), Prof. José Vicente (Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares), Benedito Gonçalves (Ministro do STJ), Spartakus Santiago e Winnie Bueno (ambos influenciadores negros de grande alcance entre o público-alvo do filme), Natalino Salgado (Reitor da UFMA), e Demétrio Magnoli (sociólogo e jornalista).

 

Sinopse

A partir do debate sobre as fraudes cometidas por brasileiros brancos e as acusações contra brasileiros pardos nos programas de ação afirmativa para ingresso nas universidades e em concursos públicos no Brasil, o filme busca refletir de forma profunda sobre colorismo, racismo e identidade racial.



Ficha Técnica

Direção, roteiro e produção: Maurício Costa

Produção: Richard Brandes, Phil Miler

Montagem, animação, design gráfico e VFX: Pedro Neto

Desenho de Som: Maurício Fonteles

Trilha Sonora: Ramiro Galass

Direção de Fotografia: Matheus Bastos

 

 

Sobre o diretor

Maurício Costa, natural de Porto Alegre-RS, há mais de 10 anos em Brasília – DF, é diplomata, crítico de cinema, professor e coeditor do site Razão de Aspecto. Além de todas essas atividades, Maurício dirigiu os documentários "Era dos Gigantes" (2017) e "Uber x Táxis (2020)", já disponíveis no streaming e sempre com reflexão e debate crítico sobre a sociedade em que vivemos.

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