Federico Silveira, Martín Sacco e Diego
Licio em 'Mateína - A Erva Perdida' - crédito Analía Pollio
Em um Uruguai do futuro, a
erva-mate é proibida. Para salvar a identidade de seu povo, dois vendedores
ilegais iniciam uma viagem rumo ao Paraguai para contrabandear e salvar o
consumo da erva.
Vencedor dos prêmios de
melhor filme e ator do 12º Festival de Cinema da Fronteira exibido na Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo, "Mateína - A Erva Perdida"
chega às salas de cinema no dia 31 de março (quinta). Coprodução entre Uruguai,
Brasil e Argentina, o longa de Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala
Richero mistura comédia e road movie.
"Mateína - A Erva
Perdida" é a estreia na direção de longas da dupla de realizadores
uruguaia, que também divide roteiro e produção. “O filme surge como uma busca
pela ficção científica, perguntando-nos como seria o nosso ambiente se
mudássemos algo fundamental no cotidiano", explicam os diretores. O
questionamento: o que aconteceria se a erva-mate fosse proibida? "Esse
costume, que vem dos índios Guarani, está presente em todas as esferas da
sociedade uruguaia e é algo que nos caracteriza como povo", avaliam. Eles
comparam com uma proibição da cerveja para os alemães ou do samba para os
brasileiros.
A aventura de Moncho (Diego
Licio) e Fico (Federico Silveira) pelas estradas logo ganha o apoio
popular em todo o país. "O herói uruguaio José Artigas (1764-1850) tem um
grande paralelismo com nossos protagonistas: ele não queria ser o "pai da
pátria", foi seguido e ajudado pelos habitantes do campo”, apontam os
cineastas. "Terminou seus dias no Paraguai com um amigo que, segundo os
livros de história, fazia mate para ele", complementam. Com bom humor,
Joaquín e Pablo também refletem sobre o absurdo das proibições e a influência
das corporações internacionais nos países latino-americanos.
A zona rural de Montevidéu e
as proximidades da cidade de Florida servem de locação para as peregrinações de
Moncho e Fico. "Diante de uma perspectiva mais geral, nos propomos a
reunir a paixão, a teimosia e a luta de duas pessoas comuns para manter um
sonho", descrevem. A jornada pela volta do chimarrão também inclui
perseguições policiais e passageiros inesperados. O elenco traz ainda uma
participação de César Troncoso ("O Tempo e o Vento") no
papel de um comissário de polícia.
"Mateína - A Erva
Perdida"
é uma produção da Montelona Cine (Uruguai),
em coprodução com as empresas gaúchas Coelho Voador e Vulcana Cinema
e HC Films (Argentina). A distribuição fica a cargo da Lança Filmes.
Contemplado com o edital Prodecine 09 do FSA - Coprodução Brasil-Uruguai.
Sinopse: Em um Uruguai do futuro, a erva-mate é proibida. Para salvar a
identidade de seu povo, dois vendedores ilegais iniciam uma viagem rumo ao
Paraguai para contrabandear e salvar o consumo da erva.
Serviço
Mateína - A Erva Perdida:
Em cartaz nos cinemas a partir
do dia 31 de março de 2022
Comédia/Road movie | 82 min.
| País: Uruguai, Brasil e Argentina
Classificação Indicativa: 14 anos
Ficha técnica:
Direção: Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala Richero
Roteiro: Joaquín Peñagaricano, com a colaboração de Pablo Abdala Richero
Elenco: Diego Licio, Federico Silveira, Chiara Hourcade, Leandro
Rodríguez, Roberto Suárez, Yamandú Cruz e César Troncoso.
Distribuição: Lança Filmes
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