O documentário batizado de “Rua Carlos Gomes: Apogeu e resistência da comunidade LGBTQIA+”, idealizado pelo maquiador e drag, Galdino Neto, com consultoria e pesquisa do ativista Genilson Coutinho, reúne notáveis histórias e relatos saudosistas de um local icônico para o movimento LGBTQIA+ na Bahia. Com duração de 1 hora, o projeto pode ser assistido gratuitamente no canal do site Dois Terços no YouTube.
Nos anos de 1980 e 1990, a cena GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), termo ainda pouco politizado utilizado à época, se concentrava em uma região específica no centro de Salvador: a Rua Carlos Gomes - a CG -, como era conhecida pela comunidade LGBTQIA+.
O charme do local, repleto de ruas transversais, becos e vielas que ficavam lotadas, era completado pelo clima de agitação, confusões e flertes. Afinal, a Rua Carlos Gomes - a CG -, como era conhecida pela comunidade LGBTQIA+, era a passarela onde todos da cena LGBTQIA+ queriam desfilar entre as mesas dos bares para serem notados. Os vãos que costuravam a região funcionavam como um “esquenta” para os estabelecimentos noturnos.
Entre os nomes que foram entrevistados para o projeto estão: André Luiz Silva (Bagageryer Spilberg), Dion Santiago, Fabiane Galvão, Sérgio Augusto Duarte Tavares (Lion Schneider), Valécio Santos (Valerie O’rarah), Antônio Fernando (Âncora do Marujo), Livia Ferreira (UNALGBT da Bahia), Antônio Jorge (Boate Is’Kiss) e Genilson Coutinho.
Os relatos contam histórias de ambientes como o Bar Charles Chaplin, Beco da Baiúca, Adê Alô, Boate Is’Kiss, Âncora do Marujo, Artes & Manhas, Boate BRW, Boate Caverna, Bar Cabaré 54, Bar Caras e Bocas, Freedom Music & Bar, Bar Champagne (Bar da Ray) e Bar Rosa Negra.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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