Filmes de terror ganham sessão especial na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes


Estão disponíveis gratuitamente, no www.mostratiradentes.com.br, as produções "O cemitério das almas pedidas", de Rodrigo Aragão e "Skull: a máscara de Anhangá", de Armando Fonseca e Kapel Furman

O cinema de horror é um gênero importante na história da sétima arte desde sua criação. Nos últimos dez anos, os filmes de terror têm ganhado cada vez mais força e espaço no Brasil, principalmente em festivais especializados. Pensando em dar visibilidade a essas produções e a toda variedade criativa do cinema brasileiro, a 24a Mostra de Cinema de Tiradentes criou este ano a “Sessão da Meia-Noite”. Dois filmes compõem a mostra: “Skull: a máscara de Anhangá”, de Armando Fonseca e Kapel Furman e “O cemitério das almas perdidas”, de Rodrigo Aragão. Os longas-metragens podem ser vistos gratuitamente, até o dia 30 de janeiro, no site do evento: www.mostratiradentes.com.br

A ficção “Skull: a máscara de Anhangá”, segundo filme dos diretores Armando Fonseca e Kapel Furman, conta a história de um objeto místico pré-colombiano da floresta, a máscara de Anhangá, que porta uma entidade que começa a cometer assassinatos na São Paulo contemporânea. Já em “O Cemitério das Almas Perdidas”, sexto longa-metragem do diretor Rodrigo Aragão, um jesuíta, por influência do obscuro livro de São Cipriano, empreende com seus discípulos a violência e maldade no Brasil colonial. Amaldiçoados em um cemitério onde ficam presos, voltam séculos depois para espalhar o terror no mundo.

Segundo Francis Vogner, coordenador curatorial da Mostra Tiradentes, ambos os filmes têm diferenças e similaridades. As diferenças passam pelo estilo e pelo tom. “A produção de Armando Fonseca e Kapel Furman é uma narrativa urbana de filme policial e com ritmo amparado em uma montagem mais frenética, ação coreográfica em cenas de luta e um horror gráfico que remete aos quadrinhos. Já o filme de Rodrigo Aragão é uma narrativa de aventuras com gosto pelos cenários tradicionais do horror, como castelos e cemitérios”, explica.

Quanto às semelhanças, para o curador, além da dedicação dos diretores ao gênero, está o fato de que Furman e Aragão são os maiores e mais criativos técnicos de efeitos especiais e designers de monstros do Brasil. E que ambos os filmes se amparam em um repertório genuinamente brasileiro que se volta às fantasmagorias do passado brasileiro.

Mostra Tiradentes: uma janela de oportunidades

Para o diretor de “SKull”, Kapel Furman, a inclusão de novas e diferentes narrativas é sempre bem-vinda, oferecendo ao espectador uma amplitude de espectros e apresentando linguagens que talvez não fossem conhecidas até então. Para o realizador, a Mostra Tiradentes é uma plataforma para ter esse retorno também. “Do meu ponto de vista criativo, cinema fantástico - dentre este o terror - funciona por semiótica, e para estudar essa semiótica é importante ter o conhecimento da gama de símbolos e das referências do receptor ao interpretá-los. Nesse sentido, a Mostra de Cinema de Tiradentes é uma janela excelente para o gênero”, revela.

O cineasta Armando Fonseca, que também assina a direção de “Skull”, destaca que um dos pilares do cinema de gênero de terror é fazer um paralelo com o nosso mundo real. “Ao extrapolar críticas sociais, o espectador consegue identificar naquela história (por vezes) surreal, vários problemas e conflitos com os quais ele está acostumado a ver todo dia no jornal. Não é necessário que um filme fale diretamente sobre algo para que possa plantar a semente do questionamento na cabeça do espectador. E a Mostra de Cinema de Tiradentes oferece o melhor dos dois mundos: o cinema crítico e direto complementado pelo cinema de gênero, que exagera visual e plasticamente para entregar uma estética diferente, porém com conteúdo relevante”.

Corroborando com os diretores de “Skull”, Rodrigo Aragão acrescenta que um festival da importância de Tiradentes é fundamental para solidificar a produção do gênero de terror no Brasil. “Espero que a Sessão da Meia-noite continue para sempre na programação da Mostra de Cinema de Tiradentes. A única coisa que lamento é o fato de não estar presente na cidade para acompanhar a exibição de ‘Cemitério das almas perdidas’ na grande tela”.

Frio na barriga

Enganam-se aqueles que pensam que o famoso “frio na barriga” acontece somente com artistas iniciantes. Para o cineasta veterano Armando Fonseca, a oportunidade de alcançar um amplo e seleto grupo de espectadores na Mostra Tiradentes já lhe causa essa sensação. “Percebo que o público em geral está cada vez mais receptivo às obras de terror, fico muito feliz que a Mostra está super atual, sendo que já vem há anos dando esse espaço para o gênero. Até no Oscar os filmes de gênero fantástico estão sendo premiados. Participar da Sessão da Meia-noite na Mostra de Cinema de Tiradentes é uma evidência da demanda do espectador por filmes assim”.

Na opinião de Kapel Furman, é sempre muito complicado ter expectativas, pois tudo é uma surpresa. Mas seu desejo que é as pessoas se divirtam com as exibições e que conheçam um pouco da ampla produção de cinema fantástico no Brasil.

SOBRE A 24a MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

PLATAFORMA DE LANÇAMENTO DO CINEMA BRASILEIRO

Maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

Trata-se de um programa audiovisual que reúne as manifestações da arte numa programação cultural abrangente, oferecida gratuitamente ao público, que prevê a exibição de mais de 100 filmes brasileiros, promove homenagem, oficinas, debates, mostrinha de cinema, exposições, shows musicais, performance audiovisual, encontros e diálogos audiovisuais e atrações artísticas.

TODA PROGRAMAÇÃO É OFERECIDA GRATUITAMENTE AO PÚBLICO.

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24a MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES | 22 a 30 de janeiro de 2021

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