Zona Árida estreia em mais plataformas digitais

Zona Árida, novo trabalho de Fernanda Pessoa (Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava) estreia no Brasil em mais plataformas digitais.  O filme está disponível nas plataformas NOW, Vivo Play, Oi Play, YouTube, iTunes e Google Play. 

No documentário, que recebeu menção honrosa no Dok Leipizig, um dos festivais de documentário mais tradicionais do mundo, Fernanda revisita Mesa, uma cidade ao sul do estado do Arizona (EUA) considerada a mais conservadora do país de acordo com um estudo de 2014 realizado pelas universidades UCLA (Universidade da Califórnia) e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

“Essa notícia me afetou de forma pessoal. Mesa foi a cidade onde fiz um ano de intercâmbio quando tinha 15 anos, em 2001. Essa informação me fez repensar em tudo o que aconteceu naquele ano em que vivi o estilo de vida americano em uma cidade no meio do deserto do Arizona. Algumas semanas após a minha chegada, aconteceu o atentado às Torres Gêmeas e pude acompanhar de dentro do país o primeiro ano de politicas antiterror do governo George W. Bush”, relembra Fernanda.

Em setembro de 2016, 15 anos depois de sua primeira estadia, a diretora retornou à cidade com uma pequena equipe de filmagem, revisitou lugares e reencontrou pessoas que fizeram parte de sua experiência da adolescência. 

“A maioria das pessoas foi muito receptiva quando contei que estava voltando para fazer um filme, mas antes de chegar lá eu realmente não sabia o que esperar e quem realmente ia aceitar participar. De maneira geral, percebo que os norte-americanos são bastante fotogênicos, no sentido de que sabem se portar frente a uma câmera” , conta Fernanda. 

Zona Árida é um filme em primeira pessoa, no qual Fernanda ressignifica sua experiência, faz um reencontro com um período importante de sua adolescência e traça um retrato da América profunda. “Dentro de um contexto mundial de conservadorismo, às vésperas das eleições norte-americanas e da possível reeleição de Trump – e com o posicionamento da política externa brasileira, que parece inspirado por uma vontade de aproximação ou imitação do modelo conservador americano–, revisitar Mesa me ajudou a entender um pouco mais sobre mim e sobre o momento atual em que vivemos”, complementa. 

O filme é uma produção da Grafo e distribuição da Olhar Distribuição. 

Ficha Técnica: 

Cor, 76 min, 2019

Direção | Fernanda Pessoa, Produção | Antonio Gonçalves Junior e Fernanda Pessoa, Produção Executiva | Raiane Rodrigues, Direção de Fotografia e Câmera | Rodrigo Levy, Assistente de Direção | Mari Nagem, Montagem | Germano de Oliveira, edt. e Mari Moraga, Direção de Narração | Maeve Jinkings, Desenho de Som | Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu, Mixagem | Daniel Turini, Trilha Sonora | Pedro Santiago

Sinopse: Como é viver na cidade mais conservadora dos Estados Unidos? Em 2001, a diretora brasileira Fernanda Pessoa tinha 15 anos e foi uma estudante de intercâmbio por um ano em Mesa, Arizona, considerada a cidade mais conservadora dos EUA. 15 anos depois – e dois meses antes da eleição de Donald Trump – ela está de volta para entender sua experiência e as ideias conservadoras, passando por temas como a fronteira mexicana, o estilo de vida cowboy, religiosidade e patriotismo.

Sobre a diretora:

Cineasta e artista visual, Fernanda Pessoa trabalha principalmente com cinema documental e videoinstalações. Vive e trabalha em São Paulo, e morou no Arizona, em Buenos Aires e em Paris, onde completou seu mestrado em Audiovisual na Sorbonne Nouvelle, sob orientação de Philippe Dubois. 

Dirigiu três curtas com exibições internacionais e realizou exposições individuais e coletivas. Em 2017, finalizou seu primeiro longa-metragem documental “Histórias que nosso cinema (não) contava” exibido em mais de 25 festivais nacionais e internacionais.

Zona Árida, seu segundo longa documental, foi premiado em três laboratórios de pós-produção e fez sua estreia mundial na competitiva Next Masters do festival Dok Leipzig.


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