Dirigido por Joyce Prado, o longa CHICO REI ENTRE NÓS, está
no 27º Festival de Cinema de Vitória,
dentro da 10ª Mostra Competitiva de Longas. A exibição do filme
acontece no dia 27 de novembro, a partir das 19h, disponível por 24hs na
plataforma do festival e o debate com os realizadores no dia 28 de novembro, às
11hs.
Serviço:
· CHICO REI ENTRE NÓS no Festival de Cinema de Vitória
Dia 27/11 às 19h
Onde assistir: https://innsaei.tv/#/detalhes/e80af7ec-b552-4fc3-b444-f15ffb1238b8
Debate com os realizadores
Dia 28/11 às 11h
Mais informações no site do Festival:
http://festivaldevitoria.com.br/
Premiado como Melhor Documentário
Brasileiro escolhido pelo público e Menção Honrosa do Júri na
44a Mostra Internacional de Cinema., filme tem como ponto de partida a história
de Chico Rei e explora os ecos da escravidão brasileira na vida das
pessoas negras nos dias de hoje, entendendo seus desafios e indicando alguns
caminhos.
O filme partiu de uma ideia original da Abrolhos Filmes e
após um longo trabalho de pesquisa chegou-se no recorte atual, onde CHICO REI ENTRE NÓS
investiga quem foi Chico Rei, também conhecido como Galanga, e conta sua
história de amor à sua comunidade. Segundo se conta, através da tradição
oral, principalmente na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, Chico Rei, foi
trazido do Congo, onde era Rei, para o Brasil em 1740, e ele compra a própria
liberdade, e após esse acontecimento, libertou muitas pessoas ao seu redor. Em
gratidão, elas o coroaram em uma cerimônia que ficou conhecida como “Reinado”
que ocorre anualmente na cidade de Ouro Preto.
O documentário busca entender quem são os Chico Reis
dos dias de hoje, mostrando ao espectador o quão emancipador pode ser o
sentimento de pertencimento à um coletivo, “A
história das pessoas negros nos países colonizados, quando narrada, é
geralmente contada através da perspectiva dos colonizadores. Pouco ou nada se
sabe sobre quem foram as milhões de pessoas trazidas para o Brasil durante a
escravidão. A População do país que precisa conhecer e reconhecer a história de
seus antepassados. Compreender o impacto de suas ações para a sociedade
atual.”, explica a diretora.
Joyce Prado ainda completa: “Ao longo do processo histórico de construção da nação,
fomos marginalizados e desprovidos de nossa auto-estima. As nossas vidas foram
continuamente apagadas e reprimidas; nosso direito de existir foi
recusado. Como chegamos ao ponto em que estamos? Qual é a nossa verdadeira
história?”.
Ao apresentar Chico Rei, o filme realiza uma
contranarrativa ao apresentar a trajetória de resistência das pessoas negras e
seus coletivos durante o período da escravidão, uma perspectiva negra sobre
parte da história brasileira. Da mesma forma, os outros personagens narrados no
documentário também encontram a si mesmos a partir da organização em grupo,
mostram que o impacto é possível.
A narrativa de
CHICO REI ENTRE NÓS é construída em um formato de
“cartografia visual”, ou seja, busca por rimas entre o passado e o presente,
mostrando por entre as linhas nas placas de rua, e construindo um
mapa emocional da vida das pessoas negras. Enaltece a resistência negra no
formato de arte, canto e dança, ocupação e construção, preservação e transmissão
de conhecimento.
A equipe de filmagem de CHICO REI ENTRE NÓS
foi inteiramente feminina e majoritariamente negra, fazendo com que os negros
sejam protagonistas do filme em frente as câmeras, e donos de sua própria
história. “Eu acredito que
essa é a única maneira através da qual conseguimos falar com as pessoas
negras ao redor do globo, que passam pelas mesmas lutas que nós; e também
para todos aqueles que querem conhecer um pouco mais da nossa história.
Nós precisamos entender que não estamos sozinhos. Nosso poder está em nos
mantermos juntos, em existirmos coletivamente. “Auê, Chico Rei!”.”,
completa a diretora Joyce Prado.
Sinopse
Chico Rei foi um rei congolês escravizado que libertou a
si e aos seus súditos durante o Ciclo de Ouro em Minas Gerais. Sua história
é o ponto de partida para explorar os diversos ecos da escravidão
brasileira na vida das pessoas negras e da sociedade de hoje, entendendo
seu movimento de autoafirmação e liberdade a partir de uma perspectiva
coletiva.
Ficha técnica
Direção: Joyce Prado
Produção: André Sobral
Produção Executiva: Juliana Vedovato e Laura
Barzotto
Roteiro: Natália Vestri e Joyce Prado
Pesquisa: Luana Rocha
Direção de Fotografia: Nuna Nunes
Técnica de som: Evelyn Santos
Edição: Tatiana Toffoli
Edição de som: João Victor dos Santos
Correção de cor: Henrique Raganatti
Trilha sonora original: Sérgio Pererê com uma faixa
por Emicida
Produtora: Abrolhos Filmes
País: Brasil
Duração: 95 min
Classificação: Livre
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