Acontece no
próximo Domingo (01/11) a sessão
drive-in do filme MULHER OCEANO, de Djin Sganzerla, às 18h40, no Belas
Artes Drive-In, em
São Paulo. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site:
https://www.cinebelasartes.com.br/drive-in/
Premiado como Melhor Filme no Porto Femme International Film Festival -
Portugal, MULHER
OCEANO, longa-metragem de estreia da diretora Djin
Sganzerla, fez sua estreia mundial no Festival de Cinema de Providence,
Rhode Island (EUA), está na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
e chega aos cinemas brasileiros em 26 de novembro.
Atriz premiada e que trabalhou com diretores
renomados, como Carlos Reichenbach (“Falsa Loura”), Helena Ignez (“A
Moça do Calendário”), Júlio Bressane (“Capitu e o Capítulo”, em
finalização, e “São Jerônimo”) e Rogério Sganzerla (“O Signo do Caos”),
Djin Sganzerla estreia na direção de longa-metragem com MULHER OCEANO,
filme rodado no Rio de Janeiro e no Japão. Além da direção, ela também
assina o roteiro (escrito em parceria com Vana Medeiros) e a produção.
Djin interpreta as duas protagonistas, Hannah e
Ana, ambas ligadas pelo mar. A primeira, escritora e mulher de um
diplomata (interpretado por Gustavo Falcão), acaba de se mudar para
Tóquio, e enfrenta um bloqueio criativo. A outra, funcionária de um
banco de investimentos, é praticante de travessia oceânica e se prepara
para atravessar a nado 35 km do Leme ao Pontal da Barra. São mulheres
que estão em busca da sua verdadeira essência em um filme feminino, que
trata das sutilezas da alma, da essência do ser. E também do que está
oculto, não revelado nas pessoas, de forças da natureza que não
explicamos, mistérios, sonhos que estão no plano inconsciente. E também
retrata aspectos da força, da busca por uma transformação, da alegria,
da delicadeza que está contida na força.
Djin Sganzerla, nasceu em meio as artes, filha de
Helena Ignez e Rogério Sganzerla, considera sua primeira incursão na
direção de um longa uma grande realização: “Talvez uma das minhas maiores conquistas, amo o
cinema profundamente, já o amava estando em frente às câmeras, agora o
amor aumentou estando também do outro lado, como realizadora, pensando
o todo, em todos os detalhes da criação, da sua gênese até a cópia
final. Também foi um dos processos mais intensos que já vivi, mas
absolutamente viciante. Meus pais [Rogério Sganzerla e Helena Ignez]
eram e são realizadores obsessivos, acho que compartilho do mesmo
vício. Deve estar no sangue.”
O elenco de MULHER OCEANO inclui, além
de Djin e Falcão, os atores Lucélia Santos, Stênio Garcia, Jandir
Ferrari e o japonês Kentaro Suyama. “Dei
espaço para o ator, liberdade para o frescor, para o improviso.
Trabalhei com os atores e atrizes a parte sutil das personagens, o
subtexto, a realidade de cada um e o que estava por trás.”,
conta a diretora.
MULHER OCEANO é um filme no qual o documental e o ficcional se
misturam, com um toque de neorrealismo. Um desses elementos documentais
são as Amas japonesas, mulheres cujo trabalho consiste em mergulhar no
mar em busca de pérolas, alimentos, entre outras coisas, e muitas
delas, mesmo com a idade avançada, não abandonam a profissão. “Filmei muitas vezes de forma
documental. No roteiro deixamos espaço para que o documental e a ficção
se misturassem. Quis filmar nas ruas de Tóquio pensando nisso. Fiz uma
extensa pesquisa de locações no Japão enquanto escrevia o roteiro com a
Vana.” As filmagens na cidade japonesa duraram 22 dias.
Como a água é um dos principais elementos no
longa, o Japão, por ser uma ilha, se tornou um cenário ideal. “O mar do Japão é uma grande
metáfora de superação, de luta, de embate, de fúria, perigo e calmaria.
O tsunami representa parte deste embate. Um povo que tem o xintoísmo
como eixo, amor profundo e respeito pela natureza. E também outra ideia
também presente no filme é a do sonho que invade a realidade.”.
Dessa experiência de filmar no Japão e a
realidade das Amas, Djin conta que saiu tocada. “As Amas dizem, no filme, que
se deve ‘ver e aprender, o que acontece naturalmente, ninguém te
ensina.’ As Amas falam sobre o processo delas de aprender como se
tornar Amas. De uma outra forma transponho esta frase para o cinema.
Muito eu aprendi observando, intuindo, sentindo, lendo, estudando.
Busco na vida este misto entre sensibilidade e experiência.”.
MULHER OCEANO será lançado no Brasil pela Elo Company, ainda
em 2020.
Sinopse
Ao se mudar para Tóquio, uma escritora brasileira
se dedica a escrever seu novo romance, instigada por suas experiências
no Japão e por uma das últimas cenas que presenciou no Rio de Janeiro:
uma nadadora de travessia oceânica rasgando o horizonte com vigorosas
braçadas em mar aberto. Essas duas mulheres aparentemente não
compartilham nenhuma conexão, até que suas vidas começam a interferir
uma na outra, estranhamente ligadas pelo mar. Hannah, a escritora,
mergulha em uma jornada de auto descoberta no Japão, enquanto Ana, a
nadadora no Rio, estranhamente tem seu corpo transformado em uma
espécie de Oceano interior.
Ficha Técnica:
Título: Mulher Oceano / Ocean Girl
Direção: Djin Sganzerla
Roteiro: Djin Sganzerla e Vana Medeiros
Direção de Fotografia: André Guerreiro Lopes
Elenco Principal: Djin Sganzerla, Kentaro Suyama (Japão), Stênio
Garcia, Lucélia Santos, Gustavo Falcão, Jandir Ferrari, Rafael Zulu,
entre outros.
Montagem: Karen Akerman
Trilha Sonora Original: Rafael Cavalcanti
Desenho de Som e Mixagem: Edson Secco
Direção de Arte Rio: Isabela Azevedo
Figurino: João Marcos de Almeida
Assistente de Direção: Zoe Yasmine
Colorista: Samanta do Amaral
Finalização: Quanta Post
Produção e Realização: Mercúrio Produções
Duração: 99 minutos
Distribuidora: Elo Company
Sobre a diretora:
Djin Sganzerla é atriz, produtora e diretora.
Recebeu entre outros, o Prêmio de Melhor Atriz de Cinema do Ano da
Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2008. Ela já foi
dirigida pelos mais respeitados diretores de cinema do país, tem mais
de dezenove longas-metragens no currículo e os genes de Rogério
Sganzerla e Helena Ignez, seus pais, ícones do cinema brasileiro.
Recebeu diversos prêmios, entre eles, Melhor
Atriz no 12º Festival de Cinema Luso Brasileiro em Portugal, Melhor
Atriz Coadjuvante no 39º Festival de Cinema de Brasília, Melhor Atriz
no Festival de Cinema de Natal, entre outros. Foi convidada pela Escola
Livre de Cinema da Adaap, em parceria com a Escola de Cinema de
Estocolmo, Suécia, para ser coordenadora do projeto e filme “Polaris”,
produzido pela Stockholm University of The Arts. Além de coordenadora
brasileira do projeto foi convidada a atuar no filme. Filmado no Brasil
e na Suécia em Abril de 2018.
A filmografia, como atriz, de Djin conta com mais
de 20 trabalhos, entre curtas e longas. Os destaques ficam por conta de
obras como “O Signo do Caos” (2005), de Rogério Sganzerla; “Falsa
Loura” de Carlos Reichenbach (2007), que lhe rendeu o Prêmio de atriz
coadjuvante no Festival de Brasília; “Meu Mundo em Perigo” (2010), de
Eduardo Belmonte; “Luz nas Trevas - A volta do Bandido da Luz Vermelha”
(2012) de Helena Ignez e Ícaro Martins; “Meu Nome é Dindi” de Bruno
Safadi que lhe rendeu o APCA de Melhor Atriz; a produção portuguesa
“Ornamento & Crime” de Rodrigo Areias (2016); “O Gerente” de Paulo
Cesar Saraceni (2014); “Capitu e o Capítulo” de Julio Bressane (em
finalização, 2019) e curtas como “Poder dos Afetos” (2014), de Helena
Ignez; “Uma Mulher e Uma Arma” (2011), de André Dragoni, e “As Sombras”
(2010), de Marco Dutra e Juliana Rojas. No teatro, trabalhou com vários
diretores de renome, entre eles, Antonio Abujamra, Zé Celso Martinez
Correa, Antunes Filho e Steven Wasson (EUA).
Sobre a produtora:
Mercúrio Produções LTDA, produtora fundada em
2001 por Helena Ignez, Djin Sganzerla e Sinai Sganzerla, é responsável
por toda a obra cinematográfica do cineasta Rogério Sganzerla, com mais
de trinta filmes em seu currículo, entre os quais estão: O Bandido
da Luz Vermelha (1968); Luz Nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz
Vermelha (2012) com Ney Matogrosso no papel principal, único
longa-metragem da América Latina a participar do Festival de Cinema de
Locarno, na Suíça; Copacabana Mon Amour (1970, restaurado em 2013 com
patrocínio da Petrobras); A Mulher da Luz Própria (2019) exibido no 41º
Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano en La Habana –
Cuba, SANFIC 16 - Santiago International Film Festival e outros
festivais; O Desmonte do Monte (2018) exibido no 31º Cinélatino,
Rencontres de Toulouse na França, sendo o único documentário brasileiro
em competição; A Moça do Calendário (2017), Prêmios do Público e Melhor
Ator no 21º Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da
Feira em Portugal, entre outros prêmios; produção da Série de TV VAN
BORA! (2014) patrocinada pela Mercedes Benz e pelo FSA/FINEP; Ralé
(2015), Prêmio de Melhor Direção no MixBrasil; O Signo do Caos (2005),
Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cinema de Brasília, distribuído
pela Petrobrás e entre outros premiados filmes.
O filme O Bandido da Luz Vermelha, direção de Rogério Sganzerla,
é considerado um clássico da cinematografia nacional, sendo destacado
pela Wellington Film Society, na Nova Zelândia, como um dos melhores filmes
realizados no século 20. Continua sendo exibido em inúmeros festivais
internacionais e mostras na Europa, Ásia e EUA, como também em
importantes museus como Tate Modern em Londres e no MOMA, em Nova York.
Este filme foi indicado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da
Humanidade. A produtora também realizou a restauração em 2008 do filme. |
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