Longa
queniano com temática LGBT será exibido na Mostra de Cinemas Africanos do
CineSesc dia 11 de julho e estreia comercialmente dia 8 de agosto
Inspirado
no conto "Jambula Tree" da premiada escritora ugandense Monica Arac
Nyeko, "Rafiki", que significa "amigo" em suaíli, é a
história de amizade e amor entre duas jovens mulheres que vivem no Quênia, um
país que ainda criminaliza a homossexualidade.
Segundo
longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu, o filme acompanha Kena (Samantha
Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), duas garotas que vivem em um agitado
conjunto habitacional em Nairobi e ousam desafiar o status quo.
Filhas
de políticos locais, a paixão das meninas é intensa, quase instantânea e
proibida. A direção do filme opta por retratar esse romance de forma
delicada e sutil. Mesmo assim, o filme chegou a ter sua exibição proibida no
Quênia. Por se tratar de uma temática LGBTQ+, o governo do país alegou que o
filme “promovia o lesbianismo”. O Quênia tem uma legislação extremamente
conservadora em relação aos direitos dos homossexuais. As relações sexuais
entre pessoas do mesmo sexo são penalizadas pelas leis quenianas, e a
homossexualidade é considerada ilegal.
Primeiro
longa metragem queniano a ser exibido no Festival de Cannes, “Rafiki” integrou
a programação da mostra Un Certain Regard em 2018 e foi recebido positivamente
pela imprensa internacional, além de representar um enorme avanço para a
cinematografia africana.
No
Brasil ele estreia comercialmente dia 8 de agosto, pela Olhar Distribuição e
IPECINE mas antes ganha uma sessão especial dia 11 de julho, às 21h na Mostra
de Cinemas Africanos no CineSESC.
Ficha
técnica
Rafiki
2018
| Quênia, África do Sul, Alemanha, Holanda, França, Noruega, Líbano e Reino
Unido | ficção | 83 min.
Direção:
Wanuri Kahiu roteiro: Wanuri Kahiu, Jenna Cato Bass, elenco: Samantha Mugatsia,
Sheila Munyiva, Neville Misati, Nice Githinji, distribuidora: Olhar
Distribuição
Sinopse
Criadas
para serem boas esposas e mães, Kena e Ziki anseiam por algo mais. Apesar da
rivalidade política entre suas famílias, as garotas resistem e continuam sendo
amigas próximas, apoiando-se mutuamente para perseguir seus sonhos em uma
sociedade conservadora. Quando o amor floresce entre elas, as duas serão
forçadas a escolher entre felicidade e segurança.
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